A organização realizou um estudo que analisa as causas judiciais por supostos abortos entre 2012 e 2022. Entre outras coisas, detectaram violações do sigilo profissional por parte de funcionários da saúde.
A Corporación Miles apresentou um estudo que analisa o tratamento judicial dos casos de supostos abortos entre 2012 e 2022.
A organização dedicada à defesa dos direitos reprodutivos analisou 459 causas judicializadas no Chile, que envolvem 444 pessoas investigadas por supostos abortos consentidos, em sua maioria mulheres ou pessoas gestantes (321 pessoas, equivalente a 72,3%).
Desse total, 10% dos casos (44 pessoas) correspondiam a abortos espontâneos comprovados que não justificavam processos judiciais, enquanto 38,7% (172 pessoas) foram definitivamente arquivadas.
Entre outras violações de direito, detectou-se a violação do sigilo profissional e a violação do direito à privacidade. Essas práticas incluem denúncias por parte de profissionais da saúde, detenções em centros médicos e instâncias de coerção contra as pessoas atendidas.